sábado, 16 de julho de 2011

Bariloche

A Argentina também tem um quê de Suíça graças a San Carlos de Bariloche. Para simplificar no nome, a mundialmente conhecida Bariloche carrega fama de Alpes suíços da América Latina. Fundada em 1902 por europeus (com maior influência de alemães e suíços), a pequena cidade hermana, quase um vilarejo, não é mais destino só de ricos e famosos. 

Hoje continua badalada, só que está acessível para muitos turistas, tanto que ganhou o apelido de "Brasiloche", devido à invasão de brasucas nos últimos tempos. Muita gente vai pra lá em busca não só de diversão, como também para estudar espanhol. Dali a Buenos Aires, são só duas horinhas de avião. 

Nas férias, a alta procura continua sendo pelos privilegiados resorts de esqui que a região oferece. Dona de invejável localização, com paisagens compostas por lagos e montanhas de picos nevados, Bariloche é considerada pioneira na prática de esportes de inverno no Hemisfério Sul. 

O branco da natureza a transformou em uma das áreas mais belas do continente. A cidade fica no coração da Patagônia argentina, mais precisamente na Província de Rio Negro, dentro do maior e mais antigo parque nacional da América do Sul, o Nahuel Huapi. Tal nome indígena significa "ilha do tigre" e batiza também o principal lago glacial à beira da cidade. 

Saiba que nem só de neve vive Bariloche, um lugar atraente em qualquer época do ano. Seu ambiente europeu está evidenciado na rica arquitetura de chalés e pela gastronomia germano-austríaca. Essa é a terra argentina do chocolate e fondue.  Além disso, o lugar brilha pela diferenciada hotelaria, comércio de primeira e vida noturna vibrante em pubs e boates.

A aventura está em toda a parte. Não se limita apenas ao esqui e snowboard. Graças ao amplo cenário natural, no verão dá para fazer rapel e escalada nas montanhas, mountain bike e trilhas nos parques e florestas, rafting nas corredeiras, passeios de barco pelos rios e muito mais. Com ou sem adrenalina, Bariloche tira o fôlego de qualquer um, tamanho seu talento para lazer e entretenimento em grande estilo.

Cultura

Apesar do forte apelo turístico, Bariloche não é só diversão. A cidade de influência europeia exala cultura e ensino, já que possui escolas de espanhol, monumentos históricos e acervos de arte valiosos.

O Museu da Patagônia e o Museu Paleontológico são os mais expressivos. Neste último, entre os dinossauros representados, têm até exemplares de um ictiossauro, que teria vivido na região há 150 milhões de anos.

Mas a exposição (literalmente!) mais gostosa de ver fica no Museu do Chocolate, um dos produtos mais famosos da cidade. Os visitantes percorrem as instalações e o processo de produção da fábrica. Ao final, rola uma prazerosa degustação da guloseima.

Comida

O frio abre o apetite. Por isso, Bariloche é um prazeroso convite à comilança. São dezenas de restaurantes, casas de chá e doçarias que mesclam a culinária local com receitas dos imigrantes europeus. O centro reúne os melhores lugares para comer. 

Além das carnes típicas argentinas, a cidade serve um dos melhores fondues, massas, tortas e uma incrível degustação de vinhos. Rola até cervejaria artesanal por lá. Os pratos patagônicos à base de caça e pescados são outro destaque do cardápio. Nessa categoria, brilham as trutas, o salmão, os defumados e patês com carne de javali, cordeiro, cervo e coelho. 

De sobremesa, os “chocolovers” vão se esbaldar. A guloseima de cacau tem tradição e fabricação caseira na cidade. Há várias lojas especializadas em chocolate, como a conhecida Mamuscka. Um verdadeiro festival de boas calorias. 

Noite

Destino badalado que se preze, Bariloche tem uma boa gama de bares, pubs, boates e até cassinos que vão até de manhã. A maioria das atrações fica no centro. A exemplo de Buenos Aires, as discotecas enchem lá só depois da 1h. 

Para ver um show de rock ao vivo com bandas covers, os pubs em estilo irlandês são a melhor opção e servem de “esquenta” para muitos jovens antes de cair na pista das danceterias.  

Mas uma coisa é certa: a noite em Bariloche não seria a mesma sem a Cervecería Blest. A taverna é a mais antiga cervejaria artesanal da Argentina e ponto de encontro dos turistas. Serve quitutes alemães e diferentes tipos da bebida fermentada. Haja sede! 

Passeios

Aproveite ao máximo o principal centro de esqui da América do Sul. E mesmo quem não quiser esquiar, basta admirar a fantástica paisagem do branco da neve a bordo de um dos teleféricos no alto dos cerros (montanhas). 

Situado a 19 quilômetros do centro, o cerro Catedral é a principal estação de esqui, com mais de 40 pistas para diferentes níveis. As montanhas Otto e Campanário também são bastante requisitadas para os esportes de inverno. Enquanto o cerro Tronador, um pouco mais distante da cidade, é o mais alto da região e tem um mirante de onde se avista a divisa com o Chile.

A partir do centro, há excursões de norte a sul que desnudam a paisagem patagônica ao redor do imenso lago Nahuel Huapi. Os roteiros mais tradicionais são o Circuito Chico (Pequeno Circuito), com percurso de 65 km, e o Circuito Grande, com 240 km e duração de quase dois dias em meio a cenários incríveis. 

Outra atração é o clássico passeio de trem a vapor. A velha e boa “maria-fumaça” faz um trajeto histórico à beira do lago e apresenta a Cordilheira dos Andes como cenário de fundo. Os tours de barco que partem do porto são igualmente divertidos. 

Para não ficar só no contato com a natureza, Bariloche tem um centrinho agitado e cheio de opções urbanas. O visitante pode desfrutar das inúmeras lojas, restaurantes, hotéis, bares e boates. O Centro Cívico é a praça principal, rodeada por uma típica igreja e edifícios públicos. Tudo facilmente explorável a pé!

Transporte

Os ônibus levam para todos os cantos da cidade. Os principais pontos ficam nas ruas San Martín, Moreno e Palacios. As linhas 10, 20 e 50 são as mais turísticas. Na região do centrinho, considere andar só a pé. Fora dali, pegue um táxi para distâncias maiores. Não sai tão caro. 

Para subir as imponentes montanhas de esqui, aproveite os teleféricos. Já o aeroporto de Bariloche encontra-se a 13 km do centro. É acessível de busão ou carro. 

Compras

Os produtos de inverno são o ponto alto do comércio em Bariloche. Artigos de couro, roupas de lã e acessórios de esportes na neve fazem grande sucesso. O centro abriga as principais lojas, em especial o corredor das ruas Mitre e San Martín. Tanto no Mercado Artesão quanto na Feira do Artesanato, é possível achar boas peças de frio, além de artigos de madeira, cerâmica e antiguidades. 

As tradicionais chocolaterias também atraem ampla clientela. As mais famosas são a Abuela Goye e a Mamushka, que vendem a guloseima de cacau em diversos sabores e formatos. Não haverá desculpas para deixar de trazer uma lembrancinha aos amigos e parentes.

Informações Gerais

Fuso: Segue o mesmo horário do Brasil 
Clima: No inverno (de julho a setembro), a temperatura vai de 0 a 10 graus negativos. O verão também é agradável e fica na casa dos 20 e poucos graus. Só esfria de noite, mas a vantagem é que escurece bem tarde. A luz do sol brilha até 22h. 
Código local: 2944
Voltagem: 220 V