terça-feira, 19 de julho de 2011

Parque Nacional das Emas

Situa-se Planalto Central brasileiro, no extremo Sudoeste do Estado de Goiás, nos municípios de Mineiros e Chapadão do Céu.

O Parque possui duas entradas de acesso para visitantes, uma a 25km de Chapadão do Céu, pelo portão Guarda da Bandeira e que leva à sede do Parque; e outra a 80km de Mineiros, pelo portão Jacuba.

Sítio Natural do Patrimônio Mundial, o Parque Nacional das Emas é uma formação bastante diversificada de cerrado e abriga uma riquíssima variedade de flores, plantas, animais e belíssimas paisagens. Nos 132 mil hectares da reserva, o visitante pode observar, além da rica vegetação, cachoeiras, corredeiras de águas cristalinas e muitos animais, como: veado-campeiro, tamaduá-bandeira, lobo-guará, ema, arara-canindé, tucano, sucuri e diversas outras espécies - algumas delas ameaçadas de extinção.

Considerado santuário ecológico do cerrado brasileiro, o Parque foi criado em 1961 com os objetivos de preservar um dos ecossistemas mais frágeis do Brasil e de proteger a ema, a maior ave brasileira, que chega a alcançar 1,5 metro de altura.

O Parque Nacional das Emas funciona diariamente das 8h às 18h, e tem duas áreas de visitação distintas. A visita deve ser acompanhada por um guia credenciado pelo IBAMA, e não é permitido atravessá-lo de carro.

Entre outubro e abril, o clima é quente e chuvoso, mas é no início desse período – entre outubro e novembro - que nascem as flores do cerrado e que ocorre o fenômeno da bioluminescência nos cupinzeiros. Um espetáculo natural que já vale a visita, mesmo com uma chuvinha... Trata-se da irradiação de luz fosforescente azul esverdeada, produzida por pequenas larvas que ali se encontram a procura de alimentos, provocando um belíssimo espetáculo.

Atrações

A fauna

Neste Parque é comum a presença de bandos de animais como porcos do mato, capivaras, macacos, veados-campeiros e emas. Também encontram-se animais que andam juntos em menor número, como tamanduás-bandeira, raposas, antas, tatus, sucuris, seriemas, gaviões, corujas, curiangos e jaguatiricas. Podem ser vistos alguns animais que se encontram ameaçados de extinção, como tatu-canastra, lobo-guará, cachorro-do-mato-vinagre e tamanduá-mirim. A melhor época para observar a fauna silvestre do Parque Nacional das Emas é após as queimadas dos aceiros, na rebrota da cobertura vegetal, quando os animais estão à procura de alimentos. As queimadas acontecem, geralmente, nos períodos mais secos do ano – entre o final de julho e setembro.

A flora

O Parque Nacional das Emas é muito precioso, pois ali se encontra quase todo o tipo de cerrado existente no Brasil: cerrados, cerradões (vegetação de transição entre o cerrado e a mata), os campos limpos, os campos sujos, as matas ciliares ou matas de galerias e as veredas, com grande presença de buritis nas cabeceiras dos rios e córregos. Os campos gramináceos, que chegam a atingir dois metros de altura, ocupam 60% da área do Parque. Nos trechos de cerrado típico, as árvores maiores podem apresentar de quatro a cinco metros de altura.

Riquezas hídricas

O limite oeste do Parque coincide com o grande divisor de águas entre três importantes bacias hidrográficas: a Bacia Amazônica, ao Norte; a Bacia Platina, ao Sul; e a Bacia do Pantanal, a Oeste. Os rios Formoso e Jacuda banham as águas azuladas que, de tão límpidas, permitem a visualização de pedras e do bosque subaquático - resultado da boa penetração dos raios solares na água. Em alguns lugares, sua profundidade atinge quatro metros.

Os cupinzeiros

No Parque está a maior concentração de cupinzeiros por metro quadrado em todo o mundo. Os agrupamentos de cupinzeiros de diferentes cores, dependendo do solo onde estão, podem atingir até dois metros de altura. No início do período chuvoso apresentam o fenômeno da bioluminescência. Consiste na irradiação de luz fosforescente azul esverdeada, produzida por pequenas larvas que ali se encontram a procura de alimentos, provocando um belíssimo espetáculo. Os cupins são a base alimentar dos tamanduás. Nos cupinzeiros, várias aves e pequenos animais fazem seus ninhos