quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Jericoacoara - Ceará

O turismo no município de Jijoca de Jericoacoara, principal fonte de renda do município, é alimentado por diversos fatores: As belezas naturais, o aspecto selvagem e pitoresco de um lugar pouco tocado pela tecnologia além das condições propícias para o windsurf e o sandboard.

Praia de Jericoacoara

Jericoacoara é uma praia cearense que fica, aproximadamente, a 300 km da capital, Fortaleza. Até o ano de 1985, o lugar era apenas uma isolada aldeia de pescadores, escondida entre imensas e móveis dunas. Daí então o turismo foi descoberto.

Jericoacoara possui cenários esplêndidos. Cavada entre enormes dunas e o mar, é um dos poucos lugares no Brasil onde é possível assistir ao sol nascer e se pôr no oceano, devido a sua localização peninsular.

A duna mais próxima da vila é ritualisticamente ocupada pelos turistas para assistir ao pôr-do-sol, devido a sua grande altura e posição privilegiada frente ao mar. Ao redor da vila enormes dunas surgem e desaparecem com a constante ação do vento, popularizando o sandboard na região.

Jericoacoara conta com praias de enseada e mar calmo, de mar aberto e ondas grandes (quase propícias ao surfe) e praias rochosas. O windsurf encontra grande apelo nessas praias cuja maior extensão é de águas calmas e vento forte.

Por ter sido declarada uma Área de Proteção Ambiental (APA) e, desde 2002, transformada em PARNA (Parque Nacional), a construção de rodovias e estradas - bem como qualquer tipo de pavimentação - é proibida em Jericoacoara. O acesso à vila é limitado pelas dunas e normalmente feito por um veículo adequado. As companhias de turismo que fazem o transporte até a cidade utilizam um ônibus comum de Fortaleza até Jijoca, onde a estrada mais próxima termina, e então uma jardineira, veículo de grande porte com tração nas quatro rodas.

Em 1987, a Praia de Jericoacoara foi considerada uma das dez praias mais bonitas do mundo pelo The Washington Post.

Em 1997, A Praia de Jericoacoara foi cenário do filme A Ostra e o Vento, dirigido por Walter Lima Jr.

Em 1998, a energia elétrica passou a ser provida por uma rede subterrânea, substituindo os geradores que iluminavam apenas alguns pontos da aldeia.

Pedra Furada

A Pedra Furada, uma das maiores atrações da vila de Jericoacoara, é uma rocha de cerca de cinco metros de altura com um grande buraco esculpido pela ação da natureza. No mês de julho, é possível assistir ao sol se pondo "dentro" buraco da pedra.

Lagoa de Jijoca

Formada pelo barramento das águas dos Córregos do Paraguai e do Mourão, que acontece devido da migração de dunas móveis na planície costeira, é a fonte de renda para muitos moradores e uma atração natural bem visitada.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lençóis - Bahia

A história de Lençóis começa nos idos anos de 1845, durante o Ciclo do Diamante – quando garimpeiros em busca de riquezas fundaram um modesto arraial na região da Chapada Diamantina. A cidade preserva ainda hoje seu casario colonial e outras construções do século XVIII. O conjunto arquitetônico é composto em grande parte por casas térreas e sobrados. O ritmo das arcadas se repete nas fachadas e integram o Mercado à Praça dos Nagôs, localizada à margem do Rio Lençóis. Construção de fins do século XIX e início do século XX compõe com a ponte sobre o rio o acesso ao núcleo histórico da cidade de Lençóis que foi, em tempos áureos, a capital do diamante e a terceira mais importante da Bahia. Tombada pelo Patrimônio Histórico, Lençóis conserva viva a memória dos anos áureos da exploração de garimpo. Considerada a “Capital do Diamante”, a cidade revela, em suas ruas de pedra, reduto do casario colonial, parte da história do Brasil. O complexo patrimônio histórico da cidade abriga, ainda, o museu Afrânio Peixoto, com vários pertences do médico e escritor, inclusive originais dos romances e o fardão da Academia Brasileira de Letras. Oferece ainda a melhor infra-estrutura da região em pousadas, restaurantes e agências especializadas para quem deseja conhecer a Chapada Diamantina – um vasto altiplano exuberante de montanhas, rios, cachoeiras e cavernas, constituindo um dos melhores locais do Brasil para a prática do trekking. Reduto do ecoturismo, Lençóis se descortina em um dos contrafortes da Serra do Sincorá, diante da opulência de serras e morros, como o estonteante Pai Inácio, que oferece, lá de cima, uma vista panorâmica de toda a região. Vales e planícies da flora serrana, com bromélias, orquídeas e sempre-vivas, colorem a paisagem em um bonito contraste com espécies típicas da caatinga. Grutas, cânions e uma imensidão de cachoeiras, cercadas pela vegetação nativa de Mata Atlântica, completam o cenário local. Parque Nacional da Chapada Diamantina A região conta ainda com o Parque Nacional da Chapada Diamantina, com área de 152 mil hectares. A beleza encontrada ali é sem igual. Há trilhas com diferentes graus de dificuldade – muitas delas abertas por escravos, tropeiros e garimpeiros -, mas como não existe sinalização, a presença de um guia é fundamental, principalmente durante as trilhas mais longas. A aventura vem seguida de alguns dos mais belos cenários do Brasil, cortando as inúmeras grutas, cachoeiras, vales e montanhas da Chapada Diamantina. Um lugar ímpar, repleto de história, lendas e marcado por muita interação entre homem e natureza.
 
Atrações
Morro do Pai Inácio
Do alto desse mirante natural tem-se uma visão privilegiada da paisagem de toda a região. São 22km ligando Lençóis ao início da trilha, pela BR-242. Do seu pico, que fica a 1.150 m acima do nível do mar, avista-se a Serra do Sincorá, a Serra da Bacia e a Serra da Chapadinha. A visão do visitante abrange os 360 graus da paisagem, que se torna ainda mais encantadora ao sol poente.

Morro do Camelo
Com o cume a 1090 metros acima do nível do mar e 170 metros de a partir da base, o Morro do Camelo ficou famoso por ter sido cenário da abertura de uma novela de sucesso. Suas formas permitem duas interpretações aos observadores: visto da BR-242, em direção a Seabra, o gigante rochoso justifica seu nome, lembrando de fato, um camelo.

Poço Halley ou Paraíso
Nesse poço, formado pelo Rio Lençóis, as águas deslizam sobre as pedras e se espalham para uma área mais ampla, no meio de um cânion, com cerca de 3 metros de largura, 10 metros de comprimento e profundidade máxima de 2 metros. O local é excelente para banho e mergulho e fica no caminho para os morros da região.

Salão da Areias Coloridas
A 1,5km do centro de Lençóis, os salões de areias coloridas proporcionam, ao turista, um espetáculo à parte. Trata-se de um pequeno labirinto de pedras conglomeradas e de areias coloridas, fruto da erosão de rochas graníticas e conglomerados de arenito. O resultado é uma gama variada de cores e tonalidades que, em contraste com os raios de sol, forma um cenário de rara beleza. As mais de 30 cores diferentes rendem o famoso artesanato local: garrafinhas com desenhos ricos em detalhes das paisagens da região, feitas à mão e com esmero pelos artistas locais. A trilha de acesso é tranqüila e dura cerca de 20 minutos.

No Parque Nacional da Chapada Diamantina

Cachoeiras
da Fumaça
Com 340 metros de queda, suas águas se dispersam com a altura, formando uma nuvem de fumaça – o que deu nome ao local – e uma linda paisagem.

do Buracão
Essa cachoeira despenca de altura de 120 metros em meio a um grande cânion. A água de vários rios e riachos convergem para o chamado “buracão”, formando a maior cachoeira em volume de água da região.

do Ramalho
A queda tem 110 metros de altura, é formada pelo Rio Paraíba, e resulta num grande poço, ótimo para banhos.

do Sossego
No Rio Ribeirão, suas águas escuras caem em degraus de arenito e conglomerados por cerca de 15 metros.

Poço do Diabo
São várias piscinas naturais, boas para banho, e com duas belas cachoeiras em seus arredores.

do Licuri
Delicioso poço para banho, depois de uma leve caminhada por trilha entre vegetações de caatinga e cerrado.

Grutas
Poço Encantado
Abriga um lago com 61m de profundidade, com águas azuis escuras. A melhor época para visitação é entre abril e setembro, quando a gruta recebe mais raios de sol, entre 10h30 e 12h30. Para observar o poço – onde os banhos são proibidos –, é preciso adentrar 80 m na caverna por uma íngreme descida.

Torrinha
Essa caverna tem formações raras em grande quantidade, como a estalactite com cristal transparente e as flores de aragonita. Em alguns pontos é preciso andar agachado. Existem três opções de roteiro para visitar a Gruta da Torrinha, com diferentes preços e durações.

Lapa Doce
Gruta com 850 m subterrâneos repleta de estalactites e estalagmites.

da Pratinha
Nesse passeio é possível conhecer o lago externo e um trecho do rio que passa pela gruta - com a utilização de máscara e colete flutuante.

Azul
Paredão inclinado com lago no fundo – ou dolina -, onde o sol incide entre as 14h30 e 15h30. Essa visita pode ser feita junto com a Gruta da Pratinha, pois são vizinhas.

Poço Azul
Lago subterrâneo de coloração azulada. O melhor horário para visitação é entre 13h30 e 14h30, e o acesso à gruta é relativamente fácil.

do Lapão
É uma gruta formada por quartzito, com entrada de 50 m de diâmetro. São 3h de caminhada difícil – por 5 km - a partir de Lençóis

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Praia do Francês - Alagoas

Localizada a 18km de Maceió, Alagoas, é uma praia bela com enseada natural, uma vegetação de restinga preservada e excelentes ondas para o surf.

HISTÓRIA

Poucos relatos históricos existem sobre a Praia do Francês. Região habitada por índios Caetés na época da colonização, os habitantes naturais da Pindorama, a Terra das Palmeiras. Pela sua estratégica enseada natural, a Praia serviu de porto para navios piratas, inicialmente franceses, que faziam exploração do Pau-Brasil abundante na vasta Mata Atlântica da época colonial.

Daí a origem do nome, inicialmente chamada de Porto dos Franceses, derivou para Praia dos Franceses até o atual Praia do Francês.

Alguns conflitos existiram entre índios e invasores, posteriormente entre Franceses, Holandeses e Portugueses em disputas por bens e territórios.

Praia pertencente ao Município de Marechal Deodoro, berço do Proclamador da república, assim como do Marechal Floriano Peixoto, ex-presidente do Brasil e famoso por suas conquistas bélicas.

Hoje é uma das praias mais badaladas de Alagoas, na enseada é possível mergulhar, passear de barco, banana-boat e até ultra-leve. Existem diversas palhoças com petiscos, frutos do mar etc.

Na faixa de praia aberta quebram boas ondas para o surf, e e possível ir caminhando até a Barra de São Miguel.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Foz do Iguaçu

Foz do Iguaçu está localizada no extremo Oeste do Estado do Paraná, na fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina. E junto com as cidades argentinas Ciudad Del Est e Puerto Iguassu, faz parte de um dos maiores pólos de turismo cultural da América do Sul.

A palavra Iguaçu significa "água grande", na etimologia tupi-guarani. Um nome que combina com a grandiosidade das cataratas do Iguassu, uma das maravilhas naturais do planeta, com 275 cachoeiras com altura média de 60m. Todos os anos, milhares de turistas brasileiros e estrangeiros visitam essa que é uma das principais atrações turísticas do País. A maior atração é a Garganta do Diabo, que fica do lado argentino. É possível fazer um passeio de barco pelas corredeiras das Cataratas no emocionante Macuco Safári.

Mas Foz do Iguaçu oferece outras atrações, como o Parque Nacional do Iguassu, uma das mais belas reservas ecológicas do mundo, com 225 mil hectares e reconhecido pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade. Conta também com um Centro de Visitantes, ônibus elétrico e o Porto das Canoas, um espaço com lojas de suvenires e restaurante panorâmico.

Foz do Iguassu dispõe também de um campo de golfe de nível internacional. Há ainda o Ecomuseu, o Zoológico do Bosque Guarani e o Marco das Três Fronteiras, local onde os territórios de Brasil, Argentina e Paraguai se encontram.

Outro passeio interessante é a visita à Usina Hidrelétrica de Itaipu – a maior do mundo em sua categoria – para conhecer sua gigantesca dimensão. Há também o Parque das Aves, onde viveiros abrigam centenas de exemplares de numerosas espécies dos cinco continentes.

Do outro lado do rio, na cidade paraguaia de Ciudad del Leste - que faz divisa com Foz -, podem-se comprar artigos importados com isenção de taxas até os valores determinados pela Receita Federal brasileira.

Atrações

Parque Nacional do Iguaçu
Foi criado em 10 de janeiro de 1939 e tombado Patrimônio Natural da Humanidade em 1986 pela UNESCO, constituindo uma das maiores reservas florestais da América do Sul, bem como de proteção dos recursos naturais renováveis do Estado do Paraná.

O Parque funciona de terça a domingo, das 8h às 17h; e na segunda-feira, das 13h às 17h. Durante o verão, fica aberto até 18h. Os ingressos são cobrados individualmente. Há também uma taxa pelo veículo.

É possível visitar as cataratas o ano inteiro. No verão, há rápidas pancadas de chuva, mas as quedas ficam mais volumosas e a mata mais exuberante. Chuvas prolongadas ocorrem entre os meses de setembro e outubro.
Além de abrigar as Cataratas, conserva área de Mata Atlântica com grande diversidade de flora e fauna. Lá vivem cerca de 350 espécies de aves, 250 de borboletas e 50 de mamíferos - algumas das quais ameaçadas de extinção, como a onça-pintada e o papagaio-de-peito-roxo.

O Parque pode ser explorado por meio de trilhas na mata e por passeios de caiaque e barco. Há locais apropriados para rafting, rapel e arvorismo. Conta com infra-estrutura completa para receber os visitantes, como transporte interno e lanchonetes, além de um tradicional resort.

Cataratas do Iguaçu
Formadas no rio Iguassu, as quedas se estendem por 2.700m. Trilhas ladeadas pela vistosa floresta subtropical do Parque Nacional do Iguassu levam às passarelas e mirantes para a observação das cataratas. Destaque para o mirante localizado bem próximo da queda Garganta do Diabo – com 90m de altura -, no lado argentino do Parque.

Passeio de helicóptero
Proporciona belíssima vista aérea do Parque Nacional do Iguaçu. É a melhor maneira de se perceber as dimensões reais das cataratas. Outra opção de passeio é o sobrevôo da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Centro de Visitantes - Museu
Localiza-se dentro do Parque Nacional do Iguaçu, instalado num casarão da década de 1940. Seu acervo conta com inúmeros exemplares de animais empalhados, mostras minerais, espécimes vegetais, material etnográfico regional, objetos indígenas, urnas funerárias e artesanato pertencente a cultural tupi-guarani - além de mostras botânicas existentes na região através de painéis fotográficos. Externamente, em frente ao Museu, há uma escadaria com aproximadamente mil metros de extensão que desce até a margem do rio Iguaçu.

Poço Preto
É um passeio feito em veículo especial – por uma trilha rústica de 18 km - por entre a exuberante vegetação do Parque Nacional. Tem duração de até cinco horas. Permite fotografar ou observar aves, e conta com acompanhamento de guias especializados. O acesso é feito no km 18 da BR 469 - Rodovia das Cataratas.

Salto do Macuco (Macuco Safári)
Neste passeio o visitante percorre trilhas em veículo elétrico aberto, acompanhado de guias trilíngües, por três quilômetros de selva. O veículo para no início de uma trilha de 600 m que leva até o Salto do Macuco - possui águas límpidas e cristalinas que caem de uma altura de 20 m sobre rochas, formando um pequeno lago. Mas quem não quiser ir a pé pode descer no mesmo carro até o local de embarque no bote inflável. Em uma aventura emocionante, o bote navega pelas águas de um cânion, chegando bem próximo das enormes quedas da Garganta do Diabo e depois, recebendo a “bênção molhada” do Salto dos Três Mosqueteiros. O acesso é feito pela Rodovia das Cataratas - km 23, no interior do Parque Nacional do Iguaçu. Uma dica: se não quiser ficar encharcado, leve capa de chuva.

Enseada Rio Branco (Porto Canoas)
Localizada 1 km acima das Cataratas, a Enseada Rio Branco representa um local de descanso e lazer. Tem área arborizada, com churrasqueiras, bancos e mesas, e uma maravilhosa vista panorâmica do Rio Iguaçu.

Zoológico Bosque Guarani
Desde 1996, o Zoológico Municipal é um exemplo de educação ambiental, lazer e turismo. A área de 40 mil m² conta com 20 recintos – percorridos através de trilhas-, onde os visitantes podem apreciar animais como tucanos, araras, onças, macacos, entre outros. O local possui ainda cerca de mil árvores nativas e três lagos. O zôo abriga cerca de 683 animais de 49 espécies. Fica na Rua Tarobá, 875 – Centro, e funciona de terça a domingo, das 9h às 17h, no inverno, e das 9h às 18h, durante o verão.

Parque das Aves
Considerado um santuário ecológico, o Parque das Aves está localizado próximo ao Parque Nacional do Iguaçu, numa área de 17 hectares de mata nativa. Uma trilha pavimentada leva o visitante aos imensos viveiros, integrados com a floresta, que proporcionam o conhecimento de aproximadamente 900 aves de 180 espécies. No Parque é possível encontrar também um borboletário, com 25 espécies e um setor de répteis. Todos estes animais podem ser visto a poucos metros de distância. O Parque possui ainda estacionamento, lojinha de souvenires e lanchonete. Fica na Rodovia das Cataratas (BR-469) - km 11. Funciona diariamente - inclusive nos feriados - das 8h30 às 17h30, no inverno, e de 8h30 às 18h, durante o verão.

Lago de Itaipu
Resultado do represamento do Rio Paraná, o Lago de Itaipu abastece a usina e banha 15 municípios. A hidrelétrica pertence ao Brasil e ao Paraguai. Há visitas monitoradas que levam os turistas a conhecer suas instalações externas, passando pela barragem e o mirante, com vista do vertedouro que forma uma enorme cortina de água. A Usina Hidrelétrica de Itaipu, recordista mundial em geração de energia elétrica, foi considerada pela Sociedade Americana de Engenharia Civil uma das sete maravilhas do mundo moderno. O Lago de Itaipu oferece diversos atrativos, como praias artificiais, barcos para passeio e regatas, clubes, marinas e parques.

Ponte da Amizade
Fator decisivo na atração de investimento e negócios entre Brasil e Paraguai, a ponte foi inaugurada em 1965. Localizada no final da BR-277, a Ponte Internacional da Amizade possibilita o acesso rodoviário direto a Assunción, pela Ruta 01 no Paraguai.

Bourbon Iguaçu Golf Club & Resort
Com um campo de golfe profissional de 18 buracos que ocupa mais de 600m² da área total do empreendimento, o Bourbon Iguaçu Golf Club & Resort integra os circuitos que reúnem esportistas de todo o Brasil. Dotado de completa infra-estrutura de lazer e hospedagem, foi concebido pelo arquiteto sino-americano Tai-Ping Hwang. O projeto valoriza os apartamentos amplos e aconchegantes, instalados em sete vilas, cada uma com dez apartamentos. Localizado na Rodovia das Cataratas, km 2,5.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A Costa do Sauípe

A Costa do Sauípe é um dos mais bem estruturados complexos turísticos privados do Brasil. Está localizada a beira-mar, com seis agradáveis pousadas e cinco grandes hotéis, de alto padrão, administrados por redes internacionais. Dispõe de estrutura para a prática de diversas atividades esportivas, como quadras de tênis profissional, campo de golfe e centro náutico. Possui também espaços voltados para a realização de eventos e convenções de grande porte.

Conhecida pela natureza exuberante, a Costa do Sauípe localiza-se em área de proteção ambiental (APA). Para que os turistas conheçam as belezas naturais, são organizados passeios ecológicos na mata, nos rios e nas praias.

A Vila Nova da Praia é uma atração à parte na Costa do Sauípe. Sua arquitetura reproduz os típicos vilarejos baianos nas fachadas das casas, lojas e restaurantes. Lá, todo dia é possível conhecer mais sobre o folclore e as artes baianas em shows musicais, danças, mostras de artistas plásticos e oficinas de artesanato.

Na Vila, alimentação não é problema: quituteiras vendendo beijus e acarajés, restaurantes e barzinhos com mesas nas calçadas disputam a atenção dos visitantes. Para quem gosta de levar lembranças de viagem, há lojas variadas, oferecendo de produtos artesanais a sofisticadas jóias. Se precisar, o turista tem ao seu dispor tendas para massagens e até uma taróloga de plantão.

Eventos
A Costa do Sauípe oferece programação especial com atividades de lazer e entretenimento o ano inteiro. São eventos gastronômicos, shows, jogos e campeonatos esportivos, desfiles de moda, escola circense e diversas manifestações culturais.

Atrações
Praia da Barra do Rio Sauípe

Com ondas fortes e areia branca, apresenta trechos com recifes que formam piscinas naturais boas para banhos. É adequada também para a pesca. No trecho próximo à margem esquerda do Rio Sauípe, a praia tem águas calmas e grande faixa de areia com barracas. Um denso manguezal cobre a outra margem do rio.

Natureza
A área onde fica a Costa do Sauípe é uma das mais belas do litoral baiano. Ecossistemas diversos convivem em harmonia, criando paisagens de tirar o fôlego. A fauna desse trecho do litoral também é privilegiada, com tartarugas-marinhas, baleias e pássaros raros.

Cultura
Na Costa do Sauípe, pode-se travar um contato íntimo com as tradições e costumes dos baianos, conhecer o trabalho dos artistas de projeção em mostras nos hotéis, apreciar os ritmos e danças nas oficinas culturais e nos shows diários da Vila Nova da Praia, degustar pratos e bebidas nos restaurantes e bares típicos e, até, participar de manifestações religiosas em um Centro Ecumênico feito para seguidores de qualquer crença.

Saúde e beleza
Na Costa do Sauípe, os hóspedes são convidados a desfrutar de diversas opções de passeios e de tratamentos físicos e estéticos que restabelecem a harmonia entre corpo e mente. É possível passar momentos agradáveis praticando ioga ou recebendo alguma massagem especial. Profissionais especializados em técnicas como shiatsu, aromaterapia e talassoterapia deixam os hóspedes relaxados e bem-dispostos.

Compras
De artesanato a jóias, de camisetas a perfumes, de quitutes a artigos esportivos, há produtos para todos os gostos na Costa do Sauípe. O principal centro de compras fica na Vila Nova da Praia. Lado a lado, as lojinhas oferecem desde souvenires até charutos e bebidas importadas. Há também lojas de roupas, padarias, barraca de sucos. Sem contar com os pró-shops em todos os centros esportivos e as lojas dos resorts.

Esporte
Entre um passeio e outro, é possível se divertir nas quadras de tênis, percorrer a ciclovia ou a pista de cooper, desafiar os amigos no campo de golfe, tirar umas horinhas para cavalgar pela região, aprender algum esporte aquático, malhar nas salas de fitness ou jogar futebol. Instrutores esportivos especialmente treinados estão à disposição dos turistas.

Costa do Sauípe Golf Links
Parte do mega-complexo Costa do Sauípe, o Costa do Sauípe Golf Links integra a oferta de campos de golfe profissionais, de 18 buracos, Par 72. Construído inteiramente sobre as dunas de areia do litoral baiano, em meio à vegetação nativa, o campo deve a essa configuração boa parte do seu diferencial. Além disso, quase todos os buracos têm vista para o mar.

Foram construídos cinco tees de saída para jogadores de todos os níveis. O campo foi instalado em área de 66 hectares, com projeto assinado pelo grupo norte-americano JMP Golf Design, de renome internacional, e responde a todas as exigências técnicas para fazer parte do circuito de torneios internacionais. O percurso total do campo atinge aproximadamente 6.900 jardas, em que se inclui o driving range, com 300 jardas para a prática do swing, e um putting green, com aproximadamente 300 m² de ondulações bem trabalhadas, que recriam as características dos greens do campo. Como área de apoio aos jogadores, foi instalada uma Club House, equipada com pró-shop, bar e vestiários. Rod. BA-099 Km 76 s/n - Linha Verde - Mata de São João – Estado da Bahia

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Parque Nacional do Jaú


O Parque Nacional do Jaú é o maior parque nacional do Brasil e do mundo, em floresta tropical úmida contínua e intacta. Localizado entre os municípios de Novo Airão e Barcelos, ao norte do Amazonas, leva o nome do principal rio do Parque, e de um dos maiores peixes brasileiros: o jaú. Hoje, esse paraíso ecológico é conhecido como modelo de Unidade de Conservação na Amazônia, formando, juntamente com as Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Amanã e de Mamirauá, o maior corredor biológico preservado do mundo em selva equatorial, com mais de 5,7 milhões de hectares.

O parque preserva a maior bacia de águas pretas do mundo, a do Rio Negro. O tom escuro das águas vem das nascentes que brotam de terras muito antigas – o que deixa os rios carregados de elementos orgânicos e ferro. Seu relevo é bastante diversificado, abrangendo áreas inundáveis, planícies, colinas, igapós, igarapés e matas de terra firme. Banhado pelos rios Negro, Jaú, Carabinani, Unini, Pauini e Canauaru, o Parque do Jaú também concentra diversas cachoeiras de beleza sem igual.

Essa região foi o primeiro pólo de colonização na Amazônia, feita por indígenas e marcada por duras batalhas pela posse do território. Há relatos de achados arqueológicos de cerâmica e petroglifos escritos em pedra.

O Parque Nacional do Jaú ainda não está preparado para ampla visitação turística. Normalmente recebe visitas de pesquisadores, que ficam em alojamentos do Ibama, preparados para receber no máximo oito pessoas.

Para agendar visitas, é necessário contato prévio com o posto do Ibama no parque, com pelo menos um mês de antecedência, pelo telefone: + 55 (92) 613-3277, no ramal 229. O turismo de visitação ao rio Carabinani também só acontece em pequena escala.

O período ideal para visitas é entre julho e novembro. O parque fica aberto diariamente das 7h às 18h..

Estudos botânicos desenvolvidos no Parque já catalogaram cerca de 400 espécies de plantas. Várias delas estão restritas a determinados ambientes encontrados somente no Parque do Jaú, como as matas de igapó e as matas de terra firme.

O parque também abriga uma rica fauna - comparável a várias das Unidades de Conservação da Amazônia. Até o momento, já foram catalogados 263 espécies de peixes nos limites do Parque Nacional do Jaú, sendo que algumas delas ainda eram desconhecidas pela ciência. Este número representa uma boa parte da ictiofauna descrita na Bacia do Rio Negro – cerca de 500 espécies -, reforçando a validade do parque como área de proteção.

Constantemente úmido, típico de florestas tropicais. O período mais chuvoso compreende os meses de dezembro a abril. A temperatura média anual fica em torno de 24 a 26ºC – com máxima absoluta de 38 a 40ºC e mínima absoluta de 12 a 16ºC.

Os maiores municípios nas proximidades do Parque são Novo Airão, que está ao Sul; e Barcelos, ao Norte. Em ambos, há locais para simples hospedagem, além de restaurantes e lanchonetes que atendem a população local e eventuais visitantes.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ilhabela e Litoral

Praias

Dezenas de praias disputam a preferência dos turistas. No lado oeste da ilha, voltadas para o continente, ficam as praias com melhor estrutura turística. O acesso para as praias de Castelhanos e do Bonete – na costa leste e voltadas para o mar aberto – é difícil; a estrada de barro exige veículos 4x4.

Cachoeiras

A Cachoeira da Toca, com piscina natural e pedras usadas como tobogã, é um dos pontos turísticos mais tradicionais de Ilhabela. A maior parte do acesso é feita em estrada pavimentada, restando apenas o trecho final em estrada de terra. A Cachoeira do Gato se destaca pela queda d'água de 70 m de altura – a trilha de acesso é de dificuldade média e dura cerca de 45 min, a partir da Praia de Castelhanos. Já a Cachoeira do Lage, no caminho para a praia do Bonete (é preciso 1h de caminhada), tem queda de 60 m.

Centrinho

O centrinho de Ilhabela tem comércio bastante diversificado: bares e restaurantes, lojas de grife, de artesanato e de equipamentos náuticos. É ali, também, que se concentra o agito da vida noturna.

ATIVIDADES

Mergulho

O inglês Dart (1884), o transatlântico espanhol Príncipe das Astúrias (1916) e o alemão Sigmund (1929) estão entre as dezenas de navios que naufragaram no Canal de São Sebastião e que hoje despertam a curiosidade dos mergulhadores experientes. Para principiantes, um dos melhores pontos de mergulho é a Ilha das Cabras, de fácil acesso e exuberante vida marinha.

Pesca esportiva

Empresas especializadas oferecem programas de pesca esportiva embarcada no mar do entorno da ilha. Passeio de escuna O roteiro mais comum costeia as praias do Norte da ilha, com paradas na Praia da Fome e na Praia de Jabaquara.

Passeio de lancha

Roteiro similar ao do passeio de escuna, com possibilidades de se efetuar percurso personalizado, que inclui exploração das praias da Fome, Saco do Eustáquio e Castelhanos.

Passeio de jipe

As operadoras locais fazem excursões de jipe para grupos de até 12 pessoas até a Praia de Castelhanos, localizada a 24 km da vila. A estrada de terra é precária, cruza rios e cachoeiras e alcança a altitude de 800 m, num percurso de aproximadamente 1h30 até a praia.

Trekking

Para quem gosta de caminhar, Ilhabela oferece trilhas com todos os níveis de dificuldade. A da Água Branca, com 2.145m de extensão, é de baixa dificuldade. O percurso começa na entrada do Parque Estadual de Ilhabela e inclui seis cachoeiras, áreas para piquenique e identificação de diversas espécies de árvores. As trilhas do Bonete e da cachoeira da Lage são mais difíceis – ambas exigem bom preparo físico. A partir da Ponta da Sepituba, onde há estacionamento, os 13 km de trilha são bastante acidentados e atravessam três cachoeiras, paradas para merecido descanso durante as três ou quatro horas de caminhada. Todas as trilhas dentro do Parque Estadual de Ilhabela precisam de guia. Informações: (12) 3896-2660.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Uma escapada por Lavras Novas, distrito de Ouro Preto e novo refúgio de quem quer sossego em Minas

BELO HORIZONTE - Construída em um vale aos pés da Serra do Trovão, Lavras Novas tem arquitetura colonial e ruas de pedra dividem espaço com trilhas, cachoeiras e mirantes. A fundação do distrito de Ouro Preto é um mistério. Alguns historiadores acreditam que ali existia um quilombo, fundado por escravos fugitivos vindos de Ouro Preto. Outros rejeitam a versão, já que a área de mineração era uma das mais vigiadas, além de ser um trajeto frequentado por autoridades que seguiam para Ouro Branco, um importante polo econômico no período colonial. O seu nome, inclusive, evoca mineração: lavra significa exploração comercial de uma jazida, local de onde se extrai metal ou pedras preciosas. Lavras Novas também era um mistério para os turistas, que começam a desvendar o vilarejo, e a apelidá-lo de "Nova Tiradentes", em referência à cidade histórica que a partir dos anos 90 começou a atrair mais atenção e novos frequentadores (como o ator Jonas Bloch, que fez algumas das fotos desta reportagem). A vila conta com pousadas e restaurantes charmosos, e você pode conhecê-la em um fim de semana.

É importante saber que Lavras Novas não oferece alguns serviços. Por isso, vá preparado: não há nela banco ou caixas eletrônicos, farmácia, hospital, oficina mecânica, posto de gasolina e serviço de táxi. Afinal de contas, existe um preço para o clima de cidade perdida do interior se manter...

Distrito de cerca de 3 mil habitantes tem 30 pousadas

Chegando ao aeroporto Tancredo Neves, em Confins, alugue um carro e siga para Belo Horizonte, a pouco mais de 40 quilômetros. Experimente um novo bar que se vem se destacando entre os vários que são marca da cidade, o Albano's Lourdes. Instalada num imóvel tombado de 1936, a casa oferece dez tipos de chopes (R$ 4,60, a tulipa) e 26 tira-gostos. Faz sucesso o Combinado I: carne de sereno, linguiça a caçador, costelinha defumada, mandioca e fritas (R$ 31,80). Se preferir jantar, a chef Luciana Drummond indica o Frango a Sabará, grelhado e recheado com bacon e requeijão, coberto com geleia de jabuticaba (R$ 24). No bairro, pernoite no BH Platinum, antes de pegar a estrada.

De Belo Horizonte a Lavras Novas são 117 quilômetros, ou uma hora e meia de estrada. Siga pela BR-040, entre no trevo de Ouro Preto e na altura do km 95, no trevo que indica Mariana. Após passar pelo trilho de trem, vire à direita. Continue até a Estrada Real. Nos dois entroncamentos, vire à esquerda. São sete quilômetros de estrada de terra.

Há cerca de trinta pousadas no distrito. Uma das mais luxuosas é a Canto dos Prazeres, com sete apartamentos. O chalé presidencial possui 90 metros quadrados e uma vista para o Parque Estadual do Itacolomi, além de lareira e hidromassagem.

Com um calçado confortável, siga até a Rua Nossa Senhora dos Prazeres, cuja igreja, do princípio do século XVIII, domina a paisagem. Ao redor, janelas de madeira de casas coloniais se abrem as ruas de pedra.

Lendas e "causos" tomam conta da conversa dos aproximadamente 3 mil habitantes. Não raramente ouve-se a lenda da Mãe-de-Ouro, que aparece em forma de bola de fogo e passeia pelas capoeiras onde existe o metal, mas não deve ser explorado.

Dê um pulo ao ateliê de Carlos Aurélio Ribeiro Carvalho, o Seu Carlos, que, aos 63 anos, usa fibras de bananeira, coqueiro e taquara para fazer cestas e balaios que podem ser encomendados a preços que variam de R$ 5 a R$ 80.

- Um fim de semana aqui equivale a três meses de terapia - brinca o ator Jonas Bloch, proprietário da loja de decoração Menestrel, que tem esculturas feitas por ele.

Jonas foi apresentado ao distrito pela mulher, a jornalista Maria Silvia Zica, e em 1999, comprou um terreno. Hoje, mantém um ateliê na vila.

- Aqui realmente se parece com uma Tiradentes de anos atrás. Não é uma terra explorada - diz.

Quando a fome for chegando, vá em direção ao cheirinho de tempero que sai das panelas de pedra do restaurante Seu Domingos. No comando do fogão à lenha, está dona Vera, que recebe os clientes com comidas típicas como o frango com quiabo e torresmo (R$ 10 por pessoa).

- Ainda dá pra experimentar uma cachacinha (R$ 2 a dose) da região pra abrir o apetite - ensina Vera, que antes de inaugurar o estabelecimento, há 17 anos, servia seus quitutes em sua própria cozinha. - Cada vez tinha mais gente, aí o jeito foi arrumar um lugar maior.

No fim da tarde, assista ao pôr do sol do Mirante da Serra do Trovão. São 30 minutos de caminhada para se ver o mar de montanhas, em que se destaca o Pico do Itabirito, a Serra do Caraça e Ouro Preto.

Lavras Novas pode ser coberta por neblina a qualquer hora do dia ou da noite, criando cenários novos. Com a temperatura média de 21 graus Celsius, podendo chegar à mínima de 4 graus Celsius, é bom ter sempre na mala um casaco, mesmo no verão. Aproveite o clima para um jantar à luz de velas. Instalada em uma casa de dois andares feita de pau à pique, a Taberna Casa Antiga oferece um cardápio variado, além de pequenos shows de música nos fins de semana. No menu, a porção de pastel de angu (R$ 25, com dez unidades) é uma das mais pedidas. Como prato principal, o Vingara (tornedor de filé mignon ao molho de vinho malbec reduzido, acompanhado de risoto de funghi, a R$ 56) e o escondidinho de carne com abóbora (R$ 30) são os carros-chefes do estabelecimento. Para acompanhar, a carta de vinhos conta com argentinos e chilenos, em média a R$ 70 a garrafa. Fechando a noite, peça a torta de pera quente ao creme de avelã com sorvete (R$ 25).

- Aqui tudo é pertinho, dá para ir caminhando de um lugar para o outro - diz a chef Marcela Saldanha. Aproveite a dica para ir andando pelas ruelas e becos do distrito, sentindo o silêncio da madrugada.

Aventure-se no Arraial da Chapada

Depois do café da manhã, aventure-se nos esportes radicais. O passeio oferecido pela Ecoventura até o Arraial da Chapada e a cachoeira do Castelinho leva aproximadamente três horas por um belo trajeto. Ele pode ser feito de jipe (R$ 50, por pessoa) ou quadriciclo (R$ 100, por pessoa). Não se esqueça de levar protetor solar, água, roupa de banho e máquina fotográfica.

No vilarejo, de apenas 500 metros, as casas são distribuídas ao redor de uma capelinha, construída no século XIX, e nelas vivem apenas 65 pessoas. Além da arquitetura histórica, o local é rodeado por uma natureza exuberante. Nas trilhas, você encontra bromélias, antúrios e a samambaiaçu, um tipo de samambaia gigante. Além de pássaros como bem-te-vi, tico-tico e o jacu.

A Cachoeira do Castelinho, também conhecida como Chapada, fica a 9km do centro de Lavras Novas e agrada tanto aos que querem sossego quanto aos aventureiros. Chegando nela, suba o riozinho, onde existem vários poços quase sempre desertos. Se continuar a subida, considerada difícil, com obstáculos e pedras, você vai encontrar uma linda caverna, com três quedas d'água. Há também a opção de ir caminhando ou cavalgando até a Represa do Custódio, um dos cartões-postais do lugar. Se escolher a segunda opção, Jessy Corrêa, o seu Jessy, aluga cavalos (R$ 50, cada) e ainda se faz de guia contando, as curiosidades do caminho. Com 3km de extensão e 20 metros de profundidade, é perfeita para banho e pesca.

Na hora da fome, vá ao restaurante Bem-ti-vi, localizado na rua principal. Serve comida mineira, caprichada no tempero caseiro. Um dos pratos mais procurados é o feijão tropeiro, acompanhado de arroz, batata, carne (alcatra, frango ou lombo), ovo frito, couve e torresmo (R$ 19,90, para duas pessoas). Se optar por uma comidinha mais leve, o Frango Ensopado com arroz e couve (R$ 10, individual) é uma boa pedida.

Antes de voltar para Belo Horizonte, passe no bistrô Mariazica, onde Maria Silvia, a proprietária (e mulher de Jonas Bloch), prepara doces caseiros. Roscas, biscoitos e tortas, como a de chocolate com maracujá (R$ 9, a fatia) atraem moradores de toda a região. Para levar, peça a bananada (R$ 10, 500 gramas), que vem acompanhada de uma receita de suflê de banana com calda de requeijão e creme de leite.

- É fácil de fazer e fica lindo, qualquer um parece que cozinha muito - brinca Silvia.
ONDE FICAR:

BH Platinum: Diárias a partir de R$ 274 (casal). O estacionamento é a parte e sai por R$ 10 por dia. Av. Olegário Maciel 1.748, Lourdes, Belo Horizonte. Tel. (31) 2125-3800. www.promenade.com.br

Pousada Canto dos Prazeres: O pacote de três dias custa R$ 1 mil. Rua Alto do Campo 131. Tel. (31) 3554-2211 e (31) 9874-0542. http://pousadacantodosprazeres.com.br

Carumbé: Pacotes de fim de semana para o casal a partir de R$ 480. Rua das Tulipas 220. Tels. (31) 3554-2105 e (31) 9955-5324. www.carumbe.com.br

ONDE COMER:

Albano's Lourdes: Rua Rio de Janeiro 2.078, Belo Horizonte. Tel. (31) 3292-6221. www.albanos.com.br

Taberna Casa Antiga: Rua Alto do Campo 215. Tel. (31) 3554-2040. www.lavrasnovas.com.br/galodocampo

Seu Domingos: Final da Rua Nossa Senhora dos Prazeres. Tel: (31) 3554-2021. www.lavrasnovas.com.br/serradoluar

Mariazica Bistrô: Rua das Flores, 25 A. Tel: (31) 3554-2263

COMPRAS:

Menestrel: Rua Alto do Campo 287. Tel. (31) 3554-2088.

Artesanato do Seu Carlos: Rua Nossa Senhora dos Prazeres 745.

PASSEIOS:

Ecoventura: Rua dos Prazeres 529. Tel. (31) 8868-5141. www.lavrasnovasecoventura.com.br

Passeio de cavalo: O aluguel dos cavalos do seu Jessy é feito na Rua do Campo 240. Tel. (31) 9793- 0247.

Bem-ti-vi: Rua Nossa Senhora dos Prazeres 480. Tel. (31) 3554- 2103. www.lavrasnovas.com.br/restaurantebemtiv i

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Entre o passado mouro e a modernidade de Santiago Calatrava, uma Valencia surpreendente

VALENCIA - Desde o início da década, Valencia, mais conhecida como a terra natal da paella, tem sido captada pelo radar de viajantes mais experientes. A partir de 2005, quando terminou a obra do museu futurista de Santiago Calatrava, a Cidade das Artes e das Ciências, bairros com sotaque mais mouro foram sendo ocupados por butiques e restaurantes e outras atrações noturnas. Uma nova linha de trem de alta velocidade (AVE) agora liga Valencia a Madri, a cerca de 300 quilômetros, e facilita uma visita a esta cidade à beira-mar, que oferece bem mais do que um famoso prato à base de arroz.

Festas para os olhos no Mercado Central e na Cidade das Artes

No Barrio del Carmen, que se estende em uma área de colinas, fica a parte mais antiga da cidade e o seu centro criativo, onde estudantes barbudos e urbanoides elegantes circulam por ruas grafitadas e cafés e galerias se espalham por praças medievais. O grande Mercado Central, recentemente, tornou-se um local de festas da alta moda, recebendo celebrações de grifes como Prada e Aston Martin, entre outros. Butiques estilosas estão instaladas na antiga Lonja de la Seda, prédio do fim do século XV onde o tecido era vendido. Duas das melhores, Bugalú e Madame Bugalú y Su Caniche Asesino, têm roupas e acessórios de designers de Espanha, França e Suíça, assim como marcas que fazem sucesso em vários países, como o macaquinho Paul Frank.

Valencia é a terra natal da horchata, uma bebida feita de suco de chufas, um tubérculo muito cultivado nos arredores da cidade. A criação da horchata data do período de dominação islâmica na cidade, entre os séculos VIII e XIII. Você pode prová-la na Horchatería El Sigla, em Carmen. Peça um copo (2,20 euros) com café com leite (1,30 euro) e combine-o com outra especialidade valenciana: o farton (0,50 euro), um doce feito de massa com açúcar polvilhado.

O panorama de restaurantes de Valencia já foi desolador, mas agora está mudado por talentos criativos emergentes. Carosel, um lugar despretensioso, mas muito chique, que abriu em Carmen há um ano, tornou-se proeminente. O chef valenciano Jordi Morera serve a cozinha tradicional com algumas variações detectáveis, como um miniguisado de lula com alcachofras e amêndoas. O cardápio de preço fixo muda toda semana, mas sempre é uma bagatela de 22 euros.

No fim da noite, a ação converge para a Plaza del Tossal, em Carmen. Os moradores evitam as espalhafatosas armadilhas para turistas e dirigem-se ao Bar los Picapiedra, uma casa temática com decoração que imita a Idade da Pedra, em que estudantes, boêmios e outros clientes bebem grandes quantidades de sidra, derramadas de enormes jarras de vidro, que lembram um pouco regadores (7 euros), e ouvem rock espanhol alternativo.

No verão passado, Valencia adotou o Valenbisi, um sistema público de aluguel de bicicletas. Pegue uma perto da Torres de Serranos, uma das portas de acesso à cidade, e pedale sob uma série de pontes ao longo do Jardín del Turia, decorado com palmeiras, rumo à Cidade de Artes e Ciências. A fachada curva e ondulada lembra desde um esqueleto de baleia à metade superior de um olho gigante, completado pela sua imagem refletida no espelho d'água a sua frente. Mais ao sul, no complexo marinho L'Oceanografico, você pode se surpreender por túneis em tornos dos quais tubarões nadam.

Construído na maior parte na década de 1920, o bairro de Rusaffa tornou-se um centro de imigrantes muçulmanos, a partir da segunda metade do século passado. Esta influência ainda é dominante, com mercados de produtos do Oriente Médio e do Leste da Ásia e cafés espalhados pelas ruas. Se o Barrio del Carmen se tornou cada vez mais turístico, Rusaffa transformou-se num pouso alternativo para artistas e estudantes. Uma combinação de livraria, bar, área para performances, galeria e editora, a Slaughterhouse Books está onde antigamente funcionava um açougue, e ainda mantém os ganchos de carne como recordação de seu passado. Gnomo, uma butique de design, tem lâmpadas de teto feitas de garrafas de refrigerante recicladas e tubos de proveta com azeite e vinagre.

O Maipi, um pequeno restaurante de tapas em Rusaffa, lota no início da tarde com executivos que aproveitam a hora da siesta para conversar e experimentar petiscos como alcachofras frescas e salsichas de morcela embaladas em massa fina ou bacalhau grelhado temperado com limão e azeite, tendo como pano de fundo uma decoração kitsch e objetos relacionados ao futebol. O almoço para dois costuma sair por volta de 40 euros.

Museu L'Almoina tem ruínas romanas sob piso de vidro

Para saber um pouco mais sobre a história de Valencia, é preciso voltar ao Barrio del Carmen. Lá, um dos melhores lugares a explorar é o Museu L'Almoina, que funciona há três anos no local onde a cidade foi fundada por romanos, em 138 a.C. Visitantes andam sobre pisos de vidro, olhando para baixo, para as impressionantes ruínas escavadas na área. Elas incluem vestígios de banhos romanos, de tumbas visigodas e de uma enfermaria medieval construída pelos mouros para as vítimas de pragas.


O passado islâmico da cidade também é o foco de Balansiya, um restaurante insólito que recria a autêntica culinária da Valencia moura. A decoração árabe-andaluza é requintada, e o jantar a preço fixo inclui tabule, tarrine e cuscuz, além de especialidades menos conhecidas como assaffa (uma pasta andaluza que leva galinha, canela e nozes), waraka inab (folhas de uva recheadas com cereais e vinagrete com sabor de amêndoa e menta) e xarab andalusi (uma bebida feita de frutas, flores, molhos e ervas). O jantar fica entre 20 e 30 euros.

A animação nos clubes noturnos de Valencia só começa depois de 1h. Assim, dá tempo para ir ao Café Negrito para um drinque, depois do jantar. Um bom lugar para testemunhar a noite em estilo de alegre decadência da cidade é o MYA, um clube protegido sob uma passarela paisagística que dá acesso ao museu de ciência Principe Filipe. É o encontro do Studio 54 com a Espanha Imperial e a série "Jersey shore" da MTV.

O ambiente decadente e divertido não se restringe apenas às noitadas. Todos os domingos, ele é levado pelos donos de lojas de sucata e antiguidades para a Plaza de Luis Casanova. A praça é uma área gigante acomodada atrás do estádio de Mestalla (com 55 mil lugares, é o campo do Valencia Club de Fútbol), onde fica o fantástico e eclético mostruário de produtos locais, que são vendidos com grandes descontos.

Ir a Valencia e não provar a paella que tornou famosa a cidade é risco de ser submetido a um inquérito policial na volta para casa. Assim, dirija-se para a melhor paisagem para saborear esta combinação de arroz com carne e frutos do mar: a beira do mar. Uma fila de restaurantes na praia de Valencia fez da paella sua especialidade. La Pepica é a mais conhecida (por boas razões), mas algumas portas adiante está uma escolha melhor ainda, L'Estimat. Na tarde de domingo, o lugar enche com uma multidão saída das igrejas, em busca da paella valenciana (feita com galinha e coelho). O prato, para dois, custa por volta de 70 euros.

Depois do almoço, explore mais esta área da cidade. Há uma iniciativa controversa para pôr abaixo muitos dos bonitos, mas decrépitos, edifícios construídos na virada do século XIX para o XX no bairro litorâneo de Cabanyal, o antigo quarteirão dos pescadores, e ligar a cidade à orla. O objetivo da medida é recuperar um distrito conhecido por crimes, mendicância e prostituição. Antes que seja muito tarde e que o bota-abaixo seja concretizado, passeie pelos murais coloridos de temas marítimos e decrépitas, mas elegantes, casas de veraneio em estilo art nouveau. Não dá para sair de lá sem a esperança de um dia voltar e encontrá-las ainda intactas.

SERVIÇO

COMO CHEGAR DE TREM: O novo trem de alta velocidade vai de Madri a Valencia em cerca de 90 minutos, uma melhora notável em relação ao tempo gasto anteriormente, de quase quatro horas. Os bilhetes de ida e volta custam a partir de 96 euros.

ONDE FICAR:

Hospes Palau de la Mar: Hotel de design construído em duas mansões geminadas do século XIX, combina grandes arcos, trabalhos detalhados em madeira e escadarias de mármore. Tem 66 quartos no estilo minimalista em tons de branco e castanho, com camas com colchas de algodão egípcio e televisões de tela de plasma. Diárias de quartos duplos a partir de 115 euros, se você fizer a reserva com no mínimo 15 dias de antecedência. Navarro Reverter 14. Tel. 34 (96) 316-2884. www.hospes.es

Petit Palace Germanias: Também em um edifício do século XIX, este hotel butique confortável tem 41 quartos na movimentada Russafa. Diárias a partir de 65 euros. Sueca 14. Tel. 34 (96) 351-3638. www.petitpalacehotelgermanias.com

PASSEIOS:

Mercado Central:www.mercadocentralvalencia.es

Valenbisi: Aluguel de bicicletas por 10. www.valenbisi.es

Cidade de Artes e Ciências: O ingresso custa 24,50; o passe de três dias para toda a Cidade das Artes e Ciências sai a 32,40. Av. Autopista del Saler. Tel. (34 90) 210-0031. www.cac.es

Museu L'Almoina: Ingresso: 2 durante a semana; grátis aos sábados e domingos. Plaza de Décimo Junio Bruto.Tel. (34 96) 208-4173. www.valencia.es/almoina

ONDE COMER:

Carosel: Taula de Canvis 6. Tel. (34 96) 1132-873.

Maipi: Maestro José Serrano 1. Tel. (34 96) 373-5709).

Balansiya: Paseo de las Facultades 3. Tel. (34 96) 389-0824. www.balansiya.com

La Pepica: Paseo de Neptuno 6. Tel. (34 96) 371-0366. www.lapepica.com

L'Estimat: Paseo de Neptuno 16. Tel. (34 96) 371-1018. www.restaurantelestimat.com

BARES E CASAS NOTURNAS:

Horchatería El Siglo: Plaza de Santa Catalina 11. Tel. (34 96) 391-8466.

Bar de los Picapiedra: Caballeros 25. www.bar-lospicapiedra.com

Café Negrito: Plaza Negrito 1. Tel. (34 96) 391-4233.

MYA: A entrada e o primeiro coquetel saem a 15. Av. del Saler 5, Cidade de Artes e Ciências. Tel. (34 96) 331-9745. www.umbracleterraza.com

COMPRAS:

Bugalú: Calle de la Lonja 6.Tel. (34 96) 391-8449.

Madame Bugalú y Su Caniche Asesino: Danzas 3. Tel. (34 96) 315-4476. www.madamebugalu.es

Slaughterhouse Books: Denia 22. Tel. (34 96) 328-7755. www.slaughterhouse.es

Gnomo: Denia 12. Tel. (34 96) 373-7267. www.elblogdegnomo.blogspot.com


Fonte: globo.com/viagens

sábado, 3 de setembro de 2011

Gostoso e Galinhos, as boas do verão no Rio Grande do Norte


NATAL - A pergunta talvez seja o maior clichê do turismo brasileiro. Assim que o bugueiro entra no Parque das Dunas, em Genipabu, a 25 quilômetros de Natal, ele pergunta aos seus passageiros: "Com ou sem emoção?". Nós também viajamos para o Rio Grande do Norte em busca de emoções. Mas não essas. Há outras, pouco conhecidas e ainda mais divertidas. O roteiro passa por São Miguel do Gostoso, que começa a ganhar projeção internacional por causa dos fortes ventos que atraem centenas de praticantes de kite surfe e windsurfe.

Ainda bem menos badalada, e mais distante de Natal, estão as vilas de Galinhos e Galos, localizadas numa belezura de península, e que seguem a mesma trilha, apresentando ótimas condições para a prática de esportes a vela. Pode anotar aí: esse lugarzinho logo vai estar muito falado. Porque é lindo, uma rara paisagem de duna, mangue, salinas, ruas de areia e mar de água limpa. Mas não ficamos apenas na preguiça da beira-mar. Saindo do litoral potiguar, circulamos pela região do Sertão do Seridó, em um programa que teve de rapel a visitas a minas de scheelita e observação de pinturas rupestres. Mas o que é scheelita, você deve estar se perguntando. A resposta está nas próximas páginas, acompanhada de muitas novas emoções. 

Galinhos não é uma ilha, mas quase isso. Pelo menos em termos práticos - e turisticamente falando. Porque para se chegar até lá só de barco, ou de 4x4, viajando pela praia, na maré baixa, e cruzando umas dunas. Quem não tem veículos capazes de vencer os obstáculos naturais que isolam Galinhos do restante do mundo precisa estacionar em Pratagil, a cerca de 160 quilômetros de Natal, de onde saem barquinhos que navegam até lá numa travessia de 20 minutos por águas tranquilas e abrigadas. Tínhamos Land Rovers, mas acabamos indo de barco mesmo.

Pratagil é um lugar feio. Para se chegar até ali, porém, passamos por um cenário agradável, com salinas e fazendas de camarão. Já o caminho de barco é lindo de morrer, com dunas, salinas e mangues. Nas árvores baixas e retorcidas descansam garças, brancas em sua maioria, mas também as azuis, mais raras e belas. Neste ambiente natural fantástico uma das coisas que mais chamam a atenção não são os bichos nem as plantas ou a cor das águas: são as montanhas de sal que se acumulam no terminal de embarque de navios.

- Certa vez veio até aqui uma equipe de Hong Kong para fotografar um ensaio de moda. Só que eram roupas de inverno, o sal virou neve - lembra Marcelo Ayres, carioca que mora em Natal, um dos guias da Tempo de Aventuras, agência que organiza vários roteiros pelo estado. 

O Rio Grande do Norte é um dos maiores produtores de sal do Brasil. Há quem faça seu tipo mais nobre por ali, a flor de sal (muito boa a versão potiguar, por sinal). Em Galinhos, um das principais zonas produtoras do estado, a flor de sal pode ser encontrada em caixinhas, com ou sem tempero de ervas. É o tipo de presente baratinho que vai agradar em cheio aquele seu amigo que curte cozinhar. Uma dessas caixinhas é o simpático regalo que a Pousada Peixe-Galo dá aos hóspedes que se hospedam ali.

Embora a história do sal seja bacana, o que faz de Galinhos um destino especial é a paisagem intacta, a rusticidade, o ambiente ainda imaculado de uma vila de pescadores onde vivem pouco mais de 2 mil pessoas e que mal começou a se abrir aos turistas. Não demore muito para ir até lá. Para virar praia da moda, basta um verão cheio de turistas. E Galinhos nunca mais será a mesma.

Neste conjunto de atributos que combinam charme e rusticidade estão os táxis locais: são pequenas charretes puxadas por cavalos, com espaço praticamente só para o condutor e dois passageiros. É sentado ali atrás, balançando ao sabor das ruas de areia, a melhor forma de se percorrer as praias do pedaço. Assim é que se deve ir até Galos (que, apesar do nome, é uma vila menor que Galinhos). 

Ao longo de toda a península há bons lugares para banho, com águas muito salgadas, claras e mornas. Além dos táxis que levam até os melhores lugares para esticar a canga (quem quiser passar o dia inteiro tem que levar barraca de sol e isopor abastecido, porque só em raros trechos existem barracas de praia), outro bom passeio é de barco, invadindo os braços de mar e rio que se encontram ali numa espécie de enseada criada pela península.

No fim da tarde é quase obrigatório, e merece ser repetido, ir até o farol (de táxi, claro). De lá se tem a melhor visão do pôr do sol que cai no mar naquela linda cena clássica em tons dourados e alaranjados que você conhece muito bem. Outra razão para se ir até o farol é o mar, que garante o melhor banho das redondezas, numa água clara, calma, rasa e quentinha, de onde não dá vontade de sair. 

No caminho cabe uma parada na cooperativa de artesanato local. As artesãs trabalham ali mesmo, fazendo rendas, bordados e peças de decoração. No trajeto até o farol, pela beira da praia, estão alguns ranchos de pescadores, com suas jangadas estacionadas, que só contribuem para embelezar o cenário. Não espere qualquer agito noturno. Galinhos é e - dizem os seus moradores, com ênfase - quer continuar sendo uma pacata vila de pescadores.

- Estamos lutando contra a massificação do turismo. Uma grande operadora quis botar um barcão para fazer passeios, mas os barqueiros da região protestaram e eles foram embora - relata Chesma Alves Marinho, secretária de turismo do município. 

Outro fator que bota Galinhos no mapa do turismo no Nordeste são os ventos fortes e constantes que sopram ali, atraindo muitos praticante de esportes a vela, principalmente da Europa.

- Queremos receber turistas, mas isso não significa muita gente, de maneira desordenada, com bares tocando música alta e sujeira - diz Ana Muller, dona da pousada Peixe-Galo.





Pousadas: para badalar, jantar, namorar e até dormir

Badalação noturna, em Galinhos, é ver novelas e assistir ao "Jornal Nacional" na pracinha principal da cidade. A TV comunitária, que durante o dia fica trancada a cadeado, é a principal atração da cidade. Mas isso é programa apreciado só pelo locais. Para os forasteiros o lugar mais animado, se é que se pode chamar assim, é a Pousada Brésil Aventure, que pertence a uma brasileira casada com um francês. Turistas, brasileiros e estrangeiros, se reúnem ali de noite para beber e petiscar. Na beira da praia, com mesinhas estrategicamente posicionadas para ouvir o marulho e sentir a brisa fresca, é realmente um lugar agradável para passar algumas horas. O restaurante da pousada serve uma comida simples. 

Um bom endereço para uma refeição é o restaurante Irene, na praia de Galos. Filha de pescador, a dona sabe lidar com pescados, montando um pequeno bufê onde se destacam a tainha frita, o camarão ao alho e óleo, as iscas de bagre (sim, bagre) e a mariscada, uns pequenos mariscos, primos do sururu, afogados em molho espesso, com leite de coco, coentro, tomate e cebola, sensacional, o melhor de tudo.

Outra boa pedida, principalmente para um jantar romântico, é o restaurante da pousada Oásis, que pertence a uma angolana e a um português. O cardápio tem clara inspiração lusitana, servindo receitas de bacalhau muito bem executadas. Peça pela musse de chocolate amargo, que encerra de forma gloriosa este jantar gostoso.

Em Galinhos, há basicamente quatro pousadas, digamos, aceitáveis - por enquanto. É tudo ainda muito rústico, mas com charme e algum conforto. A pioneira foi a Brésil Aventure, inaugurada em 2001. Depois veio a Oásis, aberta em 2002. Quatro anos depois foi a vez da Peixe-Galo. E mostrando que o ritmo de crescimento do turismo em Galinhos é bem lento, só no finalzinho do ano passado, em novembro, abriu as portas mais uma boa pousada na península, a Amagali - a exemplo da Brésil Aventure, também pertence a uma brasileira casada com um francês. 

A novidade, que está ganhando novos quartos para o verão, é a melhor pousada para casais, com uma piscina voltada para o mar e cercada de espreguiçadeiras confortáveis protegidas do sol por ombrelones. Há dois chalés com teto de sapê, varandinha com rede e vista para o mar, ambientes propícios para uma lua de mel.

A Peixe-Galo não fica atrás em termos de conforto, com quartos bem equipados e uma boa piscina. O destaque vai para o mezanino acima do restaurante onde é servido o café da manhã. Todo envidraçado, com linda vista do mar, tem pufes espalhados pelo chão, um ótimo lugar para apreciar o mar e o céu estrelado (aliás, favorecido pela pouca luz: como tem estrelas o céu de Galinhos).

A Oásis, por sua vez, tem a decoração mais charmosa de todas, e uma cozinha de alto nível, enquanto a Brésil Aventure tem um perfil mais jovem e despojado. Agora é só escolher a sua.

Gostoso: praia que faz jus ao nome

Viajar de Galinhos a São Miguel do Gostoso, ou vice-versa, é parte de um passeio clássico nordestino, o circuito de praias entre o Rio Grande do Norte e o Maranhão, quase todo feito pelo litoral, sempre na maré baixa, numa caravana de Land Rovers. O caminho é pela beira-mar, vez ou outra subindo umas dunas até chegar a falésias com vista espetacular.

No trajeto aparecem algumas vilas de pescadores, como Caiçara do Norte, onde existe um farol. Ali é possível, com alguma sorte, ver a pesca de arrastão, que traz camarões e peixes na rede. Para quem gosta de cozinhar, os preços dos pescados são uma piada: um robalo imenso, com cerca de cinco quilos, pode custar apenas R$ 20, enquanto um quilo de camarão grande não passa de R$ 7 ou R$ 8. Ou seja: com pouco mais de R$ 30 dá para fazer um banquete para umas oito ou dez pessoas.

Gostoso, como também é conhecido o lugar, a cerca de 120 quilômetros de Natal e com fácil acesso, já não é nenhum segredo guardado só por turistas de espírito mais despojado e aventureiro, como Galinhos. Pelo contrário. É famoso entre os que visitam Natal e, mais que isso, sem desprezar praias do Ceará, é o destino da vez quando o assunto é windsurfe e kite surfe no Brasil. 

- Temos condições perfeitas para o esporte. Quem ama o kite surfe já conhece e alguns dos melhores atletas do mundo vêm até aqui para treinar - conta o italiano Paolo Migliorini, dono da Dr. Wind, misto de albergue, escola e clube de vela, com uma invejável estrutura para receber adeptos do esporte, com equipamentos para alugar e área para lavar e guardar pranchas e acessórios.

Logo ao lado funciona a pousada Mi Secreto, administrada por Paolo - que chegou a ser campeão italiano de kite surfe. Trata-se de uma mansão adaptada para receber hóspedes, com apenas cinco chalés.

Com menos de dez mil habitantes, Gostoso é mais desenvolvida que Galinhos, e isso é bom e ruim. Se por um lado o seu sossego pode ser perturbado por um show de forró do Calcinha Preta, tocando no último volume nas caixas de som do clube local, reaberto recentemente, a estrutura para acolher os turistas é bem melhor. Há pelo menos uma dezena de boas pousadas, e o mesmo número de restaurantes dignos. 

Um endereço imperdível para os que apreciam a boa mesa é a pousada Mar de Estrelas, que funciona num amplo terreno com árvores frutíferas que começa na rua principal de Gostoso e chega até a areia da praia. Isso porque os donos têm uma fazenda, do outro lado da estrada, de onde vem boa parte da matéria-prima das receitas. O coco, por exemplo, é colhido na hora de servir, fresquinho.

- Todos os dias, de manhã, fazemos queijo coalho. Mas a minha especialidade é cabrito, servido com feijão verde e pirão de leite, e também os bolinhos de macaxeira - diz Maristela Ribeiro Teixeira, a dona, que cuida da cozinha.

Nos últimos anos o Rio Grande do Norte recebeu muitos portugueses. Alguns deles foram ficando, ficando. Gente como a lisboeta Fernanda Vaz Monteiro, que escolheu o lugar para viver. Ela abriu, em 2008, a pousada Lagoa Mar, com apenas seis quartos. Craque nas panelas, comanda ainda o restaurante Dom Bacalhau, que funciona na pousada.

- Além das receitas de bacalhau preparamos outros clássicos portugueses, como cataplana de peixe e camarão - conta Fernanda que, sob encomenda, também faz arroz de pato e cabrito assado.

Outra boa pousada com restaurante recomendável tem nome muito adequado: Só Alegria. De fato, a simpatia dos donos carrega de felicidade o ambiente e o serviço. A localização das mesas, cobertas com toalhas coloridas e vasos com flores, é estratégica, numa varandinha com vista para o mar. 

A noite é mais animada que em Galinhos, o que não significa que haja muita badalação. Mas nos fins de semana sempre tem uma festinha acontecendo. O melhor lugar para se aquecer, ou mesmo para gastar a noite toda, é no Madame Chita, misto de bar, creperia e loja, com mesinhas espalhadas pela rua num ambiente muito charmoso. Por mais que as peças vendidas ali sejam mesmo bonitas e originais, e que o crepe seja de fato gostoso, o que torna o lugar imperdível é a seleção de caipirinhas, com destaque para três: de seriguela, de cajá com raspas de limão e de banana com canela. Outra boa pedida é o bar J. Sparrow's, na Ponta do Santo Cristo, uma espécie de pub praiano, com estrutura de madeira e sapê, trilha sonora roqueira e muitos estrangeiros, especialmente os que frequentam o Dr. Wind, pertinho dali.

Cultura do sertão inspira ambiente e cardápio de pousada

A pousada Casa de Taipa está entre as mais charmosas do Rio Grande do Norte. A decoração, 100% original, é obra do artista plástico Marlos Camilo, um dos sócios, que pintou as mesas, muito coloridas, com motivos bem nordestinos, como barcos de madeira, coqueirais e cajus. Ele também fez os quadros que enfeitam os quartos.

E ainda constrói miniaturas perfeitas, como a casa de taipa na foto ao lado, que parece de verdade. Essa não é, mas a pousada tem uma espécie de minimuseu aberto a não hóspedes. No jardim há uma réplica perfeita de uma casa de taipa, com lamparinas, colchão de palha e objetos típicos. Na recepção ficam peças antigas, doadas por moradores.

- Certa vez duas hóspedes pediram para dormir na casa de taipa, queriam sentir como é passar a noite no colchão de palha - lembra Ruy Mazurek, um dos sócios da pousada.

Apesar de estar em São Miguel do Gostoso, a pousada Casa de Taipa não quer lá muito saber do mar. Tanto que nem fica próxima à praia. Ali o sertão é que inspira a decoração. Da mesma maneira, apesar de ter alguns pescados, o cardápio do restaurante é voltado para pratos sertanejos, como a paçoca e o arrumadinho de carne de sol.

POUSADAS E RESTAURANTES

GALINHOS

Amagali: Diárias a partir de R$ 80. Tel. (84) 3552-0083. www.amagali.com

Oásis: Diárias a partir de R$ 170. Tel. (84) 3552-0024. www.oasisgalinhos.com

Peixe-Galo: Diárias a partir de R$ 190. Tel. (84) 3552-2001. www.pousadapeixegalo.com.br

Irene: Restaurante com bufê de peixes e frutos do mar frescos. Tel. (84) 3552-2016.

SÃO MIGUEL DO GOSTOSO

Só Alegria: Diárias a partir de R$ 200. Tel. (84) 3263-4355. www.pousadasoalegria.com.br

Casa de Taipa: Diárias a partir de R$ 100. Tel (84) 3263-4227. www.pousadacasadetaipa.com.br

Mar de Estrelas: Diárias a partir de R$ 150. Tel. (84) 3263-4168. www.pousadamardeestrelas.com.br

Lagoa Mar: Diárias a partir de R$ 220. Tel. (84) 3263-4192.www.pousadalagoamarrn.com